Páscoa vira fonte de renda para empreendedores
Muitas pessoas aproveitam este período para produzir Ovos de Páscoa artesanais para reforçar a renda familiar
Com taxa de desocupação de 9,2 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), muitos estão recorrendo ao empreendedorismo para contribuir com o orçamento familiar e, não raro, é a única fonte de renda disponível, devido ao desemprego.
Ao longo dos anos, o empreendedorismo tem se mostrado fundamental para o crescimento social e econômico do Brasil, afinal, os empreendedores se tornaram responsáveis por criar novos negócios, gerar empregos e auxiliar no desenvolvimento tecnológico ao identificarem oportunidades em setores promissores e emergentes.
O empreendedorismo também é uma maneira de empoderamento individual e coletivo, ao permitir que as pessoas criem novas possibilidades para si mesmas e para suas comunidades.
Várias pessoas aproveitam este período da Páscoa para venderem Ovos de Chocolate e, desta maneira, conseguirem algum rendimento.
Um bom exemplo de empreendedora, é a Patrícia Bazana Ferreira, 32 anos, moradora de São João da Boa Vista, estado de São Paulo.
Após ficar desempregada e não conseguir emprego na área administrativa, percebeu a oportunidade de gerar renda extra vendendo Ovos de Páscoa.
“Na verdade, tudo começou por acaso. Minha mãe visitou sua amiga Solange, em Santo André, uma confeiteira renomada, e aprendeu a fazer os Ovos de Páscoa. Iniciamos presenteando os parentes e amigos, e todos gostaram”, explica.
No ano seguinte, quem havia provado a iguaria, começou a procurá-la questionando se produziria novamente os Ovos e estava aceitando encomendas. Desempregada, e sendo o investimento inicial baixo, aceitou e começou a fabricação.
“Aqui, em São João, existe uma escola que ensina como fazer os Ovos de Páscoa, então, me matriculei, cursei e me aprimorei. Desta maneira comecei, além dos produtos tradicionais, a também oferecer aos meus clientes, Ovos de colher e, o mais procurado, com casca recheada, disponível em diversos sabores, tais como, doce de leite, beijinho, trufado, creme de avelã, caramelo, conforme o pedido do cliente”, lembra.
Com o sucesso entre os compradores, o boca a boca na vizinhança, parentes e amigos, e também após publicar os itens produzidos em suas redes sociais, acabou contratando sua mãe, Vilma, para ajudar na produção das encomendas e, desta maneira, contribuir com o aumento da renda familiar.
Segundo a Patrícia, “este produto, mesmo gerando uma boa margem de lucro, é sazonal, ou seja, não é possível viver somente de suas vendas”, pondera.
Por ter cursado Designer de Moda e utilizar a máquina de costura para produzir panos de pratos, nécessaire, jogos de mesa, dentre outros, com o início da pandemia e a obrigatoriedade do uso da máscara, percebeu uma nova oportunidade. “Como já possuía os tecidos que usava para confeccionar vários produtos, busquei alguns moldes na Internet e fiz as primeiras máscaras. Distribui algumas e logo os pedidos começaram e, com eles, novas e importantes vendas”, disse.
Após o término das encomendas da Páscoa, a Patricia retorna as atenções para o seu novo negócio, uma loja on-line com produtos voltados ao bem-estar. Neste novo empreendimento, o carro chefe atualmente é a Bolsa Térmica Aromática Terapêutica.
“Certa vez, minha prima Daniella me apresentou uma bolsa térmica, de tecido e recheada com vários tipos de sementes e essência, que havia comprado na Internet. Fiquei curiosa e, por ser confeccionada em tecido, julguei que poderia fazer uma para meu uso. Após várias pesquisas e testes, cheguei a um modelo que é muito prático e as pessoas estão adorando”, esclarece.
A Bolsa Térmica, que tanto pode ser utilizada quente ou fria, é indicada para diversas aplicações, por exemplo, para dor de cabeça, alívio de cólica em bebês, cólicas menstruais, picadas de insetos, contusão, para se refrescar nos dias quentes, para sinusite, relaxamento, dentre outras.
“Tudo começou novamente de maneira simples. Uma pessoa era presenteada, que logo encomendava uma nova bolsa e, desta maneira, os pedidos foram aumentando. Criei uma loja no Instagram (@loja.pbaz) e estou vendendo várias peças para todo o Brasil, enviando as mesmas pelos Correios”, comemora.
Para sair da informalidade e emitir a Nota Fiscal para as lojas que revendem os seus produtos, Patrícia se cadastrou como Microempreendedor Individual (MEI), assim, espera prosperar ainda mais, garantir os benefícios previdenciários, possibilidade de contratar formalmente um colaborador e a chance de concretizar mais negócios B2B.
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