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São Paulo adota medidas contra gripe aviária

Mesmo sem registro de casos em solo brasileiro, reuniões foram realizadas no estado para a prevenção deste tipo de gripe em animais

A gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa que pode afetar aves domésticas, silvestres e outros animais. 

Como um dos maiores produtores de aves do mundo, o Brasil enfrenta grandes desafios na prevenção e controle de epidemias. Alguns casos da gripe aviária foram comunicados recentemente em países próximos da fronteira brasileira, tais como, no Equador, Venezuela, Uruguai, dentre outros. Na Argentina e no Peru, foram notificados casos da gripe na produção comercial de aves.

Por este motivo, em São Paulo, um dos maiores estados produtores de aves, um esforço conjunto está sendo feito para prevenir a gripe aviária e educar os profissionais da indústria avícola sobre medidas de biossegurança.

Aproximadamente 300 empresas na área de avicultura estão instaladas no estado de São Paulo, destacando-se as granjas produtoras de postura concentradas na região de Bastos e Guatapará, e a produção avícola nas cidades de Botucatu, em Itapetininga e no centro do estado.

Estas empresas desempenham um papel importante nas economias no estado de São Paulo e de toda a nação, empregando milhares de pessoas e gerando receitas expressivas, porém, na eventual ocorrência da gripe aviária, pode ter um impacto destruidor na indústria, resultando na perda de receita para os produtores de aves.

Para o controle preventivo de doenças, o Governo Federal brasileiro implementou um programa de vigilância que inclui o monitoramento de fazendas em busca de sinais de doenças e a notificação de casos suspeitos ao Instituto de Manejo de Agricultura (IMA) para que ações sejam adotadas de maneira rápida.

Isso é essencial para impedir a propagação da doença para outros criadores e áreas próximas. Além destas medidas, os colaboradores da indústria avícola estão sendo capacitados sobre as medidas corretas de biossegurança, como limpeza e rastreamento de equipamentos e instalações, controle de acesso às granjas e implementação de medidas de segurança pessoal, como a utilização obrigatória de equipamentos de proteção individual (EPIs).

As ações de prevenção da gripe aviária no estado de São Paulo se desenvolvem em conjunto com várias instituições, entre elas, o governo federal, o Instituto de Manejo e Agricultura, a Associação Paulista de Avicultura e empresas de produção avícola.

Um exemplo a ser destacado, é o programa de capacitação da Associação Paulista de Avicultura para os colaboradores das empresas do setor, que inclui cursos de biossegurança, manejo de aves e prevenção de doenças. A Associação igualmente oferece campanhas para a conscientização sobre a gripe e outras doenças aviárias.

Ações também são realizadas para o monitoramento de fazendas de produção avícola em busca de sinais de doenças, relatórios de casos suspeitos e capacitação dos colaboradores do setor em esforços sobre a biossegurança.

Com a adoção destas medidas, o esperado é que não ocorram casos da gripe aviária no Brasil e a avicultura paulista continue crescendo.

Qualquer pessoa no Brasil pode, e deve, comunicar o Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (e-Sisbravet), caso suspeite da ocorrência da gripe aviária, seja pessoalmente em uma unidade da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) mais próxima ou por telefone.

Após a comunicação, um profissional da CDA realizará uma análise em até 12 horas e, para que a suspeita da gripe seja confirmada, amostras serão encaminhadas para os laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Foto: Imagem de tawatchai07 no Freepik

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